18 Mai Uso dos sistemas de informação geográfica nos projetos de energia renovável e limpa
Uso dos sistemas de informação geográfica nos projetos de energia renovável e limpa
As empresas de energia limpa ou renovável devem fazer uso de Sistemas de Informações Geográficas ou SIG para serem realmente eficientes nos seus processos de produção e no serviço prestado ao cliente final. Estes influenciam as várias etapas, que vão desde a geração até a chegada da energia ao consumidor. No artigo de hoje, a Selectra, em parceria com a Municípia, explica-lhe a relação entre os SIG e a energia renovável, e as vantagens que as empresas de energia podem beneficiar ao aceder aos Sistemas de Informação Geográfica ou SIG.
SIG para escolher a localização das centrais de energia renovável
A componente geográfica é fundamental para que as empresas de energia saibam escolher corretamente a melhor localização para as centrais renováveis. Há muitos fatores que entram em jogo aqui, além daqueles que são mais óbvios.
O mais conhecido é o potencial solar, eólico ou marinho do local em que se estuda. Para isso, quantificam-se variáveis como a força do vento e o tempo que sopra, a potência da radiação solar e as horas de incidência ou a força das ondas do mar.
Sem dúvida, estes são critérios essenciais, mas não são os únicos. É possível que, por razões legais, não seja possível construir uma instalação de energia num determinado local. A título de exemplo, em alguns territórios contempla-se a proximidade de áreas habitadas, praias, estradas, espaços ambientais ou patrimonialmente protegidos.
A possibilidade de descartar rapidamente áreas impossíveis simplifica e agiliza muito o trabalho das empresas responsáveis pelo planeamento, poupando assim nos custos.
No caso de instalações solares instaladas nos edifícios, os SIG são extremamente úteis para convencer os proprietários dos seus benefícios. Por exemplo, no momento de calcular a poupança energética com base na radiação, horas de sombra e padrões de consumo.
SIG e as instalações elétricas
A energia elétrica gerada terá de ser levada aos consumidores, pelo que o trabalho dos Sistemas de Informação Geográfica não termina com a escolha dos centros de produção.
É aqui que devemos destacar a particularidade de que é comum que os cabos elétricos percorrem centenas ou milhares de quilómetros. Portanto, o terreno será heterogéneo ao longo destas distâncias.
Para seu estudo, é preciso considerar os obstáculos presentes na forma de desníveis existentes, montanhas, rios, lagos, vegetação, além da resistência do solo e sua capacidade de suportar as instalações.
Também aqui não podemos esquecer a importância do cumprimento das leis que proíbem a passagem de cabos em determinadas áreas protegidas.
Por outro lado, devemos considerar a facilidade de acesso a essas instalações, que inclui a proximidade de estradas e caminhos por onde podem passar os veículos de manutenção, ou a opção de construí-los sem complicações extremas.
SIG para instalações de energia nas cidades
Inicialmente foi mencionado a relevância das energias renováveis que estão a adquirir na sociedade atual um papel muito importante. Por isso, as empresas que comercializam este tipo de energia estão constantemente à procura de novos segmentos no mercado urbano.
Além das variáveis de potencial solar já indicadas, têm um papel fundamental os aspetos do campo do geomarketing. Em primeiro lugar, os SIG permitem-nos saber em que bairros existe uma maior densidade de painéis solares. Isso tem um duplo aspeto: por um lado, as empresas podem entrar para competir numa área em que sabemos que essas fontes são aceites; por outro, podemos identificar locais onde não exista concorrência
Além disso, esses dados podem ser cruzados com outros dados sociais e económicos. Aqui referimos-nos a informações como a idade dos seus habitantes, o seu nível de rendimento, o seu grau de consumo de energia ou as suas habilitações literárias. Com tudo isso saberemos para onde direcionar os nossos esforços comerciais para que sejam realmente bem sucedidos.
Conteúdo da responsabilidade da Selectra, um parceiro Municípia.